Roteiro dos sonhos! - Parte 2

 E então, preparados para continuar o passeio inesquecível pela Baviera? Então vamos lá! Lembro-me que paramos na cidadezinha de Oberammergau, onde a excursão faz um pit stop para compras. Depois desses 40 minutos que passam como se fossem 5, retornamos ao ônibus e aí sim seguimos para a última porém mais esperada parada do passeio: o Castelo Neuschwanstein, em português, "Castelo Nova Pedra do Cisne". Pois é, os alemães não separam as palavras na hora de escrever, o que acaba se tornando grandes palavrões para os nativos da língua latina.

 Para quem não sabe, o Walt Disney já visitou esse castelo, e ficou tão apaixonado que decidiu fazer um inspirado nele: o Castelo da Cinderela, presente lá no Magic Kingdom, Walt Disney World, na Flórida. Inclusive já fiz um post aqui no blog sobre as inspirações de Walt Disney para seu mundo tão encantador. Para quem quiser dar uma lida, segue o endereço: Inspirações de Walt Disney
Bom, se o Walt Disney se encantou pelo castelo, qualquer um se encanta, não é mesmo? E eu sou mais uma apaixonada por ele, sempre doida para conhecê-lo desde que tomei conhecimento a seu respeito. E esse sonho virou realidade no dia 29 de Novembro do ano passado.

 Então continuando, já dentro do ônibus, percorremos mais um tempo de viagem até nos aproximarmos de umas montanhas, sendo mais específica, dos Alpes. Foi quando o namorado disse "olha ele lá, em cima do Alpe". Na minha imaginação de "Fantástico mundo de Bob", achei que veria uma construção gigantesca, com foguetes explodindo atrás, e um príncipe e uma princesa loirinha se beijando na varanda. No auge da empolgação mal lembrava eu que o Alpe em que ele se encontra é bem maior que ele, logicamente. Então, exageros à parte, a primeira visão que tive do meu "Castelinho amado", como o chamo carinhosamente, foi essa da foto abaixo. Está mais à esquerda na fotografia, que foi tirada quando já havíamos descido do ônibus, pois de dentro dele não enxerguei quase nada.


 O Neuschwanstein estava em obras, mas somente a parte de trás dele, o que não interferiu nas fotos e nem na magia do momento. Procurei saber por lá e descobri que é comum haver reparações em sua estrutura, já que é uma construção secular e não pode ser deixada sozinha, até por questão de segurança dos turistas, que não são poucos.

 Desci do ônibus achando que já iríamos até ele, mas a guia retira nossos ingressos no local e nos informa o horário de cada visitante subir até ele. Os horários são programados e só podemos entrar na hora exata que consta nos ingressos. Mesma história que conto por aqui sempre: chegou atrasado, fica de fora. Lembro-me que o horário de Tiago e eu entrarmos era às 15:20h, sendo que descemos do ônibus era por volta das 12:00h. Tínhamos então mais de 3 horas para almoçarmos e subirmos até lá. Detalhe que a subida é longa e o turista pode fazê-la de 3 formas:
 1) de ônibus, que demora um pouco para passar e deixa os visitantes não tão perto do castelo (preço: 1,80 euros)
 2) de charrete - sim, como os moradores do castelo na época deviam fazer (é o único que funciona quando se está nevando).
 3) a pé - em torno de 40/45 minutos caminhando.
 E detalhe que para descer de lá de ônibus não é possível, pois ele desce por outro caminho. Ou seja, para descermos de lá temos apenas as duas opções restantes.

 Para subir de charrete, devem ser desembolsados 6 euros, e para descer mais 3 euros. Acabou que decidimos subir a pé mesmo, já que queríamos ir passeando pelo caminho que passa no meio de árvores, como em um bosque encantado, além de ir fotografando e respirando o ar puro da montanha. Outro motivo de termos decidido seguir a pé, foi o "caminhar logo após almoçar", que acreditamos fazer bem para a saúde. Para quem acha o contrário, a charrete é uma ótima opção.

 Porém, antes de subirmos, fomos almoçar. A guia nos indicou o restaurante do Hotel Müller, que fica por ali, mas decidimos almoçar no Lisl Jägerhaus, que é um hotel também à beira do Castelo. É lindo e, como tudo por ali, também entra no papel de romântico, valendo à pena para quem decidir passar uns dias na região, apreciando a paisagem alpina. Por lá resolvemos almoçar uma salada, que por sinal tem um molho muito gostoso, massa, para nos dar energia para subir a montanha depois, e refrigerante.

Cardápio do restaurante do hotel

Essa é a foto do hotel Lisl Jäderhaus

 Após almoçarmos resolvemos subir para irmos com calma, sem chance de perdermos o horário, e também para contemplar a paisagem sem pressa. Mas antes observamos o castelo do pai do rei Ludwig II, que fica na montanha oposta ao restaurante. É um belíssimo castelo também, mas claro que nem chega aos pés do Neuschwanstein.


 Começamos a subir. Não vou mentir. A subida a pé é bom, permite ao visitante ver as paisagens com mais calma e mais de perto, mas não deixa de ser cansativa. A média de tempo de subida é de 45 minutos, dependendo do ritmo da pessoa, claro. E no final ainda tivemos que dar uma corridinha, já que ficamos tão encantados com a vegetação, e com a vista que vai surgindo no decorrer do caminho, que acabamos gastando mais tempo do que calculamos. Seguem abaixo fotos do caminho e da vista maravilhosa que aguarda o turista.


O dia de céu azul ajudava ainda mais a deixar tudo lindo!


 Depois de um tempo fotografando e caminhando, você começa a achar que não vai chegar nunca, quando aparece a primeira vista que se tem do castelo, quando o visitante já está aos pés dele. É de emocionar. Além de ser enorme, a pessoa passa a viagem toda na expectativa, percebendo com sua visão que tudo vale à pena.

Primeira vista do Neuschwanstein.

 Mais um tempinho caminhando e chegamos em sua entrada.

Portão de entrada do Neuschwanstein

A vista lá de cima é encantadora.

 A partir do momento que o visitante entra pelo portão do castelo, já avista as catracas e o relógio que indica os horários e os números dos ingressos. As visitas, como eu já disse, são dividias por horários, e cada horário engloba um grupo de pessoas. Assim que o horário que consta em cada ingresso é sinalizado no relógio, o grupo correspondente se aproxima da catraca e o guia responsável já o acompanha para o interior do castelo. Um detalhe essencial é que é proibido máquinas fotográficas no interior do Neuschwanstein, o que me proibiu de tirar fotos lindas lá de dentro e da vista de seu interior também. Uma pena.


 A visita ao castelo dura 30 minutos. Muito pouco tempo para um castelo tão lindo e cheio de detalhes como ele, mesmo não visitando todos os seus andares. O Rei Ludwig II faleceu antes do castelo ficar pronto, mas ele chegou a morar uns meses nele, tanto que seu quarto de dormir está até hoje intocado, bem como seu escritório, onde ele assinava os documentos referentes ao seu reinado, sua sala de jantar e de festas. A vista de seu escritório é a mais linda, sendo de frente ao lago que fica mais ao fundo. Até brincamos no momento da visita que trabalhar com aquela vista devia ser muito fácil. Uma das passagens que dão para seus aposentos é, pode-se dizer, a reprodução de uma gruta, com paredes irregulares de pedra, estalactites e um fio de água corrente, um encanto. E já no interior dos aposentos há sua cama, que parece ser bastante confortável, um guarda roupa, e o que mais me chamou a atenção: uma cadeira personalizada, bem ao lado de sua cama, com uma mesinha acoplada, feita para o Rei ler seus inúmeros livros, obras para todos os gostos que o divertiam e faziam com que o tempo passasse. A história desse Rei é muito interessante. Como ja havia dito, farei em breve um artigo sobre ele.

 Há também o salão de festas, que nunca chegou a ser utilizado. É enorme, imponente, muito bem decorado com tapeçarias e ouro, estátuas e lustres monumentais. A vista, magnífica!

 Ainda no interior do castelo, ja na hora de deixá-lo, há uma loja com tudo que o turista quiser levar para se ter lembranças do Rei Ludwig II e de seu castelo encantado Neuschwanstein. São livros, canetas, miniaturas do castelo, marca-livros, ímãs, cartões postais, camisas e muito mais. É tentador, então já sabendo disso, separe um dinheiro para gastar por lá.

 Ao sairmos do castelo, fomos na ponte que fica atrás dele, a uns 10 minutos caminhando pelo meio da floresta que o cerca. É muito interessante ir até essa ponte, primeiro porque ela tráz a vista mais linda que se tem do castelo, que é aquela que sai em revistas e cartões postais, segundo porque o caminho que leva até ela proporciona mais vistas sensacionais. E em terceiro porque abaixo da ponte tem um abismo. Eu tive vertigem ao olhar lá de cima, então para os aventureiros de plantão, é muito bacana.

do alto da ponte, olhando lá para baixo

na ponte.

 Uma dica importante é programar essa ida à ponte antes de visitar o castelo. Isso porque as visitas costumam acabar perto do horário de descer a montanha toda de novo e chegar ao ônibus de turismo para ir embora. Então ir antes é sinônimo de ir com calma, curtindo tudo sem pressa. Tiago e eu fomos depois, o que nos deixou um tanto apavorados, pois já havia dado hora do ônibus ir embora e ainda estávamos descendo a montanha, correndo igual dois desesperados. Nossa sorte é que teve gente do nosso grupo que conseguiu atrasar mais ainda, então o ônibus esperou.

Vista do caminho para a ponte. Uma das casinhas lá em baixo é o hotel onde almoçamos

Castelo visto da ponte.


 A volta para Munique, para compensar o cansaço final, foi uma calmaria só. Dormindo, dormindo, dormindo.

 O passeio ao Neuschwanstein, posso definir como a realização de um sonho, um passeio encantado, um dos melhores e mais felizes dias da minha vida.

Inesquecível!

 Gostaram da visita ao castelo? Nem preciso falar que recomendo né!
 Conforme falei no final do artigo anterior, o site Voilà Madame está com promoções na compra de tintas para os cabelos. São produtos alemães, aproveitem =)

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Roteiro dos sonhos! - Parte 1


 Pense em paisagens que te façam lembrar um mundo de contos de fadas, daqueles que você sempre viu nos filmes e tinha a certeza de que não existiam, mas sim que eram invenções da cabeça do Walt Disney e sua equipe. Pois então, meu (minha) amigo(a), você está enganado(a). Existe sim, e está na fronteira da Alemanha com a Áustria, em uma região chamada Füssen, e que faz parte da chamada Rota Romântica, ao sul da Alemanha. Pelo nome da rota já da para imaginar o tipo de passeio que vem pela frente, né?

 Então, esse é um outro sonho devidamente realizado, conhecer os belos castelos do rei Ludwig II (Luís II), antigo rei da Baviera, e passear por todas as paisagens bucólicas que tanto já tínhamos ouvido falar. E vou dizer uma coisa: vale muito à pena. É um dia inteiro de passeios para nunca mais esquecer.

 Seguinte, se você está em Munique, ou vai a esta cidade ou a qualquer outra mais ao sul da Alemanha, vale à pena contactar a empresa que se segue, para esse passeio: Passeio no Neuschwanstein , que é para o castelo mais famoso da Rota Romântica. O tour está custando 49 Euros por pessoa por um dia inteiro de passeio, mas exclui refeições e o convite para entrar no Neuschwanstein, que custa (pelo menos na época em que eu fui), 17 euros por pessoa. No outro castelo do Rei Ludwig II a entrada é gratuita.

 Vou então descrever como é o passeio para quem se interessar, mas terei que fazer isso em dois tempos, pois foi apenas um dia, mas muito longo, com tantas novidades e fotos que não caberia em um post só. Então aguardem mais um post com a continuação do passeio.

 Estávamos passando uns dias em Munique, e já havíamos garantido a reserva do passeio quando ainda estávamos em Berlin. Acordamos bem cedinho e fomos correndo para a entrada da estação central de trem da cidade, pois a empresa marca sempre do ônibus sair de lá, uma vez que é um ponto central e fácil de todos encontrarem. E todo mundo sabe como é o horário alemão, né. O passeio começa exatamente às 7 da matina, e se atrasar um pouquinho, fica de fora. Recomendo também chegar o mais cedo que conseguir, para pegar os lugares lá da frente do segundo andar do ônibus. Quanto mais próximo do vidro frontal você conseguir ficar, melhor conseguirá ver as paisagens magníficas do passeio. E o ônibus é bastante confortável e novo, perfeito para um dia de passeio.

 Para chegar à região sul do país, fronteira com a Áustria, é necessário, é claro, viajar umas horas pelas famosas Autobahns alemãs, aquelas que não possuem limites de velocidade. Mas elas são tão bem feitas e seguras que não oferecem risco ao viajante, a não ser em dias de neblina, dependendo da época do ano. As paisagens pelo caminho chegam a emocionar, e o melhor é que demos sorte de o dia estar ensolarado, pois segundo a guia, não é comum na época do ano em que fomos - Dezembro. Então, já que é assim, aí vai uma outra dica: deem preferência para visitar o local no verão e na primavera, ou seja, de Junho a Setembro. As chances de pegar um dia bonito são maiores.

 Quando vamos chegando a determinado ponto do trajeto, começamos a ver montanhas surgindo em nossa frente, com neve no topo, um visual e tanto, ainda mais para quem está sentado bem na frente do ônibus. Agora vocês entendem a dica de chegar cedo para o passeio, né?! A foto abaixo ilustra bem as montanhas cobertas de neve, no decorrer da estrada.


 E essa agora é uma foto da querida Autobahn, reparem como o dia estava lindo.


 Vou chamar atenção para o fato de que a guia é muito simpática, e vai conversando com os turistas o tempo todo - em inglês - e vai contando a história do rei Ludwig II e sua região da Baviera. Inclusive terei que fazer um post exclusivo sobre a trajetória desse rei que foi muito curiosa, e chegou até a me deixar encantada, pois assim como eu, a paixão dele era a leitura. Todo mundo vai gostar da história dele, aguardem!

 Depois de um tempo de viagem vamos chegando a um vilarejo, que no dia estava todo coberto de neve, dando um charme ainda maior. Inclusive eu fiquei tão encantada com este vilarejo que disse ao namorado que seria lá que passaríamos nossa lua-de-mel. Quem sabe heim!
Daí então o ônibus começa a subir uma montanha fazendo inúmeras curvas acentuadas, com abismos bem ao nosso lado. Chega a assustar, mas a gente acaba confiando na experiência do motorista de diariamente dirigir naquele local, e acabamos aproveitando ao máximo o passeio.

 Subimos essa montanha para chegarmos em um lugar lindíssimo, o primeiro castelo do Rei Ludwig II, o chamado Linderhof, onde ele morou mais tempo. Para chegar até ele passamos a pé por um caminho que mais fez parecer que estávamos andando dentro de uma pintura. Vejam se não estou falando a verdade:


 E abaixo segue uma foto desse primeiro castelo do Rei, que não tem exatamente a forma de um castelo, mas por dentro não deixa de ser tão luxuoso e espaçoso quanto um. É nesse que os turistas entram de graça, e aprendem sobre um punhado de curiosidades sobre esse Rei - que por sinal vou retratar no post que fizer sobre ele. E o melhor de tudo é que os visitantes recebem pastas com as explicações feitas pela guia responsável pelo local, na língua natal de cada um. Isso mesmo, tem em português!

Castelo Linderhof

 Se você acha que acabou, ainda não chegamos nem na hora do almoço. Saindo desse castelo voltamos ao ônibus e seguimos para um lugarejo não muito longe dali, que mais parece uma vila de bonecas, naquele estilo de cidade com casinhas lindas, pintadinhas, com janelas cheias de cortinas, cercada de montanhas e pessoas com sorrisos nos rosto, te recebendo como se você fosse da família. Estou falando de Oberammergau, charmosa, receptiva e ótima para compras. Aliás, é esse o motivo de pararmos lá: fazer compras. A guia combina um local de reencontro conosco, e nos dá 40 minutos para andarmos à procura das lembranças/presentes perfeitos. Se eu tivesse comprado tudo o que amei, teria que ter alugado um avião para trazer minhas coisas para o Brasil. É cada "Cuco" maravilhoso, aqueles relógios - que são inclusive a especialidade dos artesãos locais - e cada enfeite, panos, miniaturas dos castelos, roupas, cachecóis e tudo mais que o turista tem direito. 40 minutos passam como se fossem apenas 5. Quando nos demos conta já era hora de voltarmos correndo para o ônibus, sob o risco de permanecermos na cidade para sempre (até que não seria má ideia!).

 Segue abaixo uma foto de Oberammergau, contendo inclusive a minha pessoa sem saber para onde olha, com tanta coisa linda ao redor.


 Bom, essa primeira parte do passeio chegou ao fim. No próximo post vou falar da visita mais esperada do dia: o lendário castelo Neuschwanstein. É de emocionar, então fiquem ligados!


 Antes de finalizar, gostaria de contar para vocês que minha amiga Andrea, que mora em Berlin, tem uma loja virtual com os mais diversos produtos de beleza. Vocês escolhem, fazem a encomenda pelo site, e ela envia. E o bom de tudo isso é que além de ela ser muito confiável, o frete é por peso, e não por item. E se caso vocês não encontrarem o produto que precisam, podem pedir por fora que ela da um jeito. Vale à pena dar uma conferida no Voilá Madame . 

 Até o próximo post então, com a continuação da aventura pela Baviera ^ ^





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